quarta-feira, 30 de junho de 2010

Noticias

Israel ampliará poderes de investigadores de ataque a frota humanitária
JERUSALÉM - O governo de Israel está pronto para ampliar os poderes da comissão que investiga o ataque militar a uma frota que levava ajuda humanitária a Gaza, disse nesta quarta-feira, 30, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Veja também: Entenda o bloqueio de Israel a Gaza
A declaração de Netanyahu foi considerada uma estratégia para manter a equipe de investigações, já que ocorreu depois de surgirem boatos de que o chefe dos inspetores, Yaakov Tirkel, ameaçou renunciar. Tirkel teria exigido que a comissão fosse reconhecida como uma missão de inquérito do Estado com o poder de intimar testemunhas e recomendar sanções, além de incluir outros dois membros à equipe.
A comissão foi formada por Israel no início do mês, depois de os militares atacarem a Frota da Liberdade, que levava ajuda humanitária para Gaza, no dia 31 de maio. O episódio deixou nove ativistas turcos mortos e causou grande reação da comunidade internacional, principalmente dos países árabes e islâmicos.
O Estado judeu rejeitou os pedidos da Organização das Nações Unidas (ONU) de criar uma comissão de investigação internacional, mas concordou em incluir dois inspetores estrangeiros na equipe. A medida, porém, foi considerada insuficiente pela ONU e pelos países árabes.
Tirkel disse na segunda-feira que a comissão convocaria Netanyahu para testemunhar, assim como o ministro da Defesa e o chefe de Estado Maior. Também seriam chamados dois assistentes da equipe de investigadores, que iniciou os trabalhos de inspeção oficialmente na segunda. De acordo com a imprensa israelense, Tirkel disse ao ministro da Justiça que renunciaria se seus pedidos não fossem atendidos.
Resposta
Fontes próximas das investigações negaram as informações, mas Netanyahu divulgou um comunicado na terça dizendo que o gabinete estava pronto para dar permissão aos investigadores para convocar testemunhas. "Não há razão para não aceitar os pedidos", disse o premiê, acrescentando que avaliaria a inclusão de novos membros no domingo. O comunicado, porém, diz que isso impediria que soldados presentes na operação fossem interrogados por motivos de segurança.
Os investigadores se limitarão a determinar a legalidade do bloqueio marítimo que Israel impõe a Gaza, seu ataque contra a frota e a ação dos ativistas e dos organizadores da frota.
Segundo Israel, seus soldados abordaram a frota para impedir que armas chegassem às mãos do grupo militante palestino Hamas, que controla a faixa de gaza desde 2007. As autoridades dizem que os militares só abriram fogo depois de serem atacados. Os ativistas, porém, negam essa versão.
Israel mantém o bloqueio a Gaza desde 2007, quando o tomou o controle do território à força. O governo israelense impões restrições de viagens e entrada de ajuda à Faixa de Gaza. Israel atualmente só permite a entrada de ajuda humanitária a Gaza através de pontos controlados na fronteira terrestre entre os territórios, embora tenham tomado medidas para aliviar o embargo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Noticias

Conselho Europeu condena ataque de Israel e pede fim de bloqueio a Gaza
ESTRASBURGO - A Assembleia Parlamentar do Conselho Europeu condenou nesta quinta-feira, 24, o ataque de Israel contra uma frota que levava ajuda humanitária á Faixa de Gaza e exigiu a suspensão imediata do bloqueio que o Estado judeu mantém sobre o território palestino, segundo uma resolução discutida no órgão.
Veja também:Abbas critica expulsão de palestinos Entenda o bloqueio de Israel a Gaza
O texto da resolução assegura que o ataque "foi um ato ilegal que constitui uma violação do direito internacional" e que a Assembleia compartilha das condenações já feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Quarteto para o Oriente Médio e pela União Europeia. O documento foi aprovado com 106 votos a favor, quatro contra e seis abstenções.
Segundo o congresso europeu, o texto "deplora" que as autoridades israelenses não tenham aceito a petição para abrirem uma investigação internacional sobre o ocorrido. Israel conduz uma inspeção interna sobre o ataque, que deixou nove civis turcos mortos e causou a ira de países islâmicos e árabes.
Os países europeus também pediram o fim imediato e incondicional do bloqueio de Israel mantido sobre Gaza desde 2007, quando o partido militante palestino Hamas tomou o controle do território à força. Segundo o documento, Israel deve permitir a entrada de bens na área pelo mar e pela terra "sem prejudicar sua própria segurança" para que os palestinos "possam viver em condições normais".
Com o bloqueio, o governo israelense impões restrições de viagens e entrada de ajuda à Faixa de Gaza. Israel atualmente só permite a entrada de ajuda humanitária a Gaza através de pontos controlados na fronteira terrestre entre os territórios, embora tenham tomado medidas para aliviar o embargo.
Os israelenses dizem que agora todos os bens que não possam ser desviados para fins militares podem entrar em Gaza. Cimento e metais são alguns dos materiais que, segundo o Estado judeu, podem ser usados pelo Hamas para a construção de armas.
A resolução também aborda outros pontos de tensão entre palestinos e israelenses. Foi pedido um acordo que estabeleça a libertação do soldado Gilad Shalit, de Israel, capturado pelo Hamas há quatro anos, e que este grupo militante palestinos reconheça o Estado de Israel e não realize mais ataques contra os judeus.
(Com informações da agência Efe)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Noticias

Israel decide aliviar bloqueio à Faixa de Gaza

O gabinete de Segurança de Israel decidiu hoje flexibilizar o bloqueio à Faixa de Gaza, após a forte pressão internacional diante do ataque da marinha israelense a uma flotilha humanitária no dia 31 de maio, que matou nove ativistas turcos. "Concordamos em tornar o bloqueio mais suave para a entrada de mercadorias e expandimos também para materiais visando projetos civis, os quais estão sob supervisão internacional", disse um oficial de Estado, sem especificar que itens integram a lista.
O anúncio indica que Israel talvez permita que organizações internacionais, como a ONU, tragam para a Faixa de Gaza materiais de construção, de vital importância para a reconstrução da região, arrasada pela guerra ocorrida de dezembro de 2008 a janeiro de 2009. O governo israelense frisou que, apesar da concessão, continuam em vigor os procedimentos israelenses para prevenir a entrada em Gaza de armas e materiais de guerra.